Geofísica de Petróleo

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O que é Geofísica do Petróleo

Métodos geofísicos fazem parte de um leque de ferramentas investigativas indispensáveis à prospecção de óleo e gás, seja em qualquer nível de detalhe, ou econômico, desejável. Este leque de ferramentas é popularmente denominado de Geofísica de Petróleo.
 
Métodos gravimétricos, magnéticos, elétricos, de imagem, de ressonância, sônicos e sísmicos têm crescido em suas importâncias e oferecido respostas qualitativas cada vez mais decisivas, principalmente aquelas relacionadas a fatores de redução de riscos e incertezas na perfuração de poços.
 
Dentre todos esses métodos, sem dúvida o de maior crescimento quantitativo é o sísmico. Sua importância transcende lógicas de projeção financeira e supera desafios, que até a década passada pareciam inalcançáveis.
 
 
Foi dessa forma que tal método conduziu o Brasil ao sucesso de exploração e produção em águas cada vez profundas e estabeleceu o mais fantástico resultado de sucesso exploratório dos últimos tempos, no denominado Pré-Sal brasileiro.
 
 
Apesar do papel fundamental estabelecido pela Sísmica, ela não responde isoladamente. Ela é apenas um método de investigação geofísica. E como tal, precisa de subsídios teórico-prático associados a outras disciplinas, como a Geologia, a Estatística, as diversas Engenharias e a Economia, entre tantas.
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(Texto_GP_001_20/01/2013)
 
Um dos melhores trabalhos publicados em exploração de hidrocarbonetos é mostrado por Foster e Beaumont (1999), que traçam um perfil bastante interessante sobre a personalidade do profissional exploracionista. Segundo tais autores, eles devem:
 
- Pensar positivamente (pessoas negativas não acham óleo)
- Ser auto-motivados e ter iniciativas pro-ativa
- Ser persistentes
- Ter fortes imaginações controladas por fatos
- Desenvolver criatividades através do pensamento visual
 
Você é assim?
 
 
Caso não seja, caso tenha apenas algumas dessas características, calma, não se preocupe. Você ainda poderá ser um exploracionista!!!
 
 
Tais autores citam que há formas de aprender a ser um  oil finder e para isso você deve:
 
- Familiarizar-se com as técnicas e aproximações realizadas por outros descobridores de óleo e gás 
- Desenvolver sua habilidade de pensamento visual.
 
Recomendam que se deva ter treinamentos em Geologia Estrutural, Estratigrafia, Sedimentologia, Geomorfologia, Paleontologia, Sensoriamento Remoto, Mineralogia, Petrologia, Vulcanismo, Geologia Econômica, Geoquímica e logicamente, Geofísica!!!
 
Ao recomendar tais temas, verifica-se que eles inserem a Geofísica apenas como mais uma área de conhecimento, mas ela é, principalmente, a grande e a mais espetacular ferramenta para descoberta de hidrocarbonetos.
 
Dessa forma, para usar com sucesso tal ferramenta, não só seus fundamentos devem ser plenamente dominados (e sempre aperfeiçoados), mas também torna-se necessária uma forte compreensão em como a Geofísica se interrelaciona com os demais temas citados. Entender como podem ser descritas suas possíveis associações com as demais investigações geocientíficas. 
 
Sobre o impacto de tecnologias na investigação geofísica, tais autores associam o sucesso do uso da ferramenta geofísica diretamente à aplicação de modernas tecnologias e citam que, mesmo com tudo isso, apenas uma pequena porcentagem dos profissionais da área de óleo e gás tem sido capaz de encontrar jazidas de portes comerciais.
 
Isso não é uma verdade absoluta. Mesmo para aqueles profissionais que não tenham disponíveis as mais modernas técnicas e aplicativos, como acontece para muitas empresas e centros de pesquisas de pequeno e médio porte, o sucesso da Geofísica irá depender muito mais do conhecimento de cada profissional, do que de tantas e tantas modernas e dispendiosas (e nem sempre compensadoras) técnicas.
 
Ao longo do tempo, tem-se visto a disponibilização de  ferramentas de interpretação sísmica de alto custo para diversos profissionais de E&P e os resultados, por inúmeras vezes, não são os esperados para o alto grau de investimento. Elas, por si só, não agregam todo o valor que delas se possa esperar. A relação, entre a disponibilidade de modernas ferramentas de interpretação e a obtenção de resultados, não é direta.
 
Estudos disciplinares profundos e contínuos, associados ao investimento no desenvolvimento técnico de profissionais, podem sim superar os obstáculos teoricamente colocados pelo baixo investimento em técnicas e aplicativos computacionais.
 
 
Invista no seu conhecimento teórico e prático. Não se desestimule por não ter acesso a este ou aquele método de processamento ou aplicativo interpretativo de maior custo.
 
O pré-sal brasileiro, por exemplo, não foi descoberto por causa de técnicas modernas e de alto custo. Foi descoberto sim, a partir do forte conhecimento geológico e geofísico de diversos profissionais de exploração de hidrocarbonetos.
 
Por isso, a composição de times multidisciplinares e a sinergia entre os profissionais, é uma receita básica de um potencial sucesso. O conhecimento específico de cada um, é elemento fundamental para o sucesso global.
 
Como não existe uma relação, direta e simples entre o uso de caras técnicas e aplicativos computacionais e o sucesso exploratório e explotatório de hidrocarbonetos, um fator adicional, além do forte conhecimento específico de cada profissional, é o da criatividade disciplinar individual.
 
Nesse contexto, Foster e Beaumont (1999) definem criatividade como a habilidade de cada um em olhar um certo dado, que todos já viram, e ver algo diferente que ninguém tenha visto.
Mais uma vez, não se pode concordar plenamente com esse conceito de que a criatividade individual seja associada ao conceito de ver coisas diferentes num dado que muitos já olharam mas não foram capazes de ver.
 
Também nesse tema, essa qualidade (de ver algo diferente do que já tenha sido visto) está, na maioria das vezes, associada ao domínio de conceitos teóricos individuais e, mais do que tudo, à prática de ver muitos e muitos casos, em livros, em análogos, em textos especializados, no campo e na experiência profissional.
 
 
Enfim, pode-se afirmar que, ver muitos e muitos casos e dados hoje, possibilita ao profissional ver muitas coisas diferentes dos outros amanhã.
 
Ser criativo e aumentar sempre essa criatividade, depende fortemente da motivação pelo novo, do acesso a informações corretas e da permanente flexibilidade de pensamento, sem adoção de verdades definitivas.
 
 
Geociências são construídas por evoluções de conhecimentos acumulados. Não são ciências exatas.
 
O poder de ver o que ninguém vê e o acreditar em sua criatividade, baseada no conhecimento acumulado, são predicados fundamentais para alguém deseje se tornar um descobridor de acumulações de óleo e gás. Acredite que sempre haverá mais acumulações a serem descobertas.
 
 
Diversos estudiosos estatísticos negavam a possibilidade da ainda existência nas bacias de Campos e Santos, de acumulações com as dimensões do pré-sal para serem descobertas.
 
Explicação: o paradigma exploratório simplesmente mudou....
 
Em exploração de hidrocarbonetos, a cada nova área avaliada, algumas questões são permanentemente colocadas em relação a sistemas petrolíferos possivelmente existentes:
 
1 – Existem rochas geradoras maduras?
2 – As rochas geradoras teriam gerado e liberado uma quantidade suficiente de óleo para prover acumulações comerciais (carga de hidrocarbonetos)
3 - Como são os caminhos de migração de hidrocarbonetos?
4 – Existem reservatórios suficientes?
5 – Que tipos de trapas são prováveis existir? Onde tais trapas estão localizadas? Houve retenção dos hidrocarbonetos?
Para que se responda sistematicamente a estas questões, é necessária a adoção de métodos científicos.
 
Um método ou uma aproximação científica requer que tecnologias sejam usadas numa seqüência lógica para que se resolvam os problemas existentes. 
               
Siga os links:
http://www.searchanddiscovery.com/documents/beaumont02/
 
Bibliografia
Foster, N.H. e Beaumont, E,A , 1999. Exploring for oil and gas traps. American Association of Petroleum Geologists
 
 (Texto_GP_001_em_18/12/2012)

 

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