Ilustrando dicionários

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Esta seção é dedicada à ilustrar e expandir explicações e traduções que tenham sido adotadas pelos mais importantes dicionários de Geofísica.
Além de difundir conceitos, a seção se presta a mostrar, com figuras e explicações mais detalhadas, aquilo que seja importante na prática dos métodos e conhecimentos geofísicos.
Sugestões para terminologias e temas a serem abordados, colaborações e ilustrações para serem divulgadas aqui nesta seção, são bem vindas e solicitadas.  

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(Texto_ID_001_20/01/2013) 

Como primeira ilustração, uma homenagem a um grande Geofísico da Petrobras, Professor Osvaldo de Oliveira Duarte, que tem dedicado toda sua vida profissional ao Ensino de Geofísica e que é autor do Dicionário Enciclopédico Inglês – Português de Geofísica e Geologia.

“O autor consegue guardar na tradução, o significado de termos técnicos de Geofísica e Geologia, de origem estrangeira, valendo-se da escolha adequada de verbetes em língua portuguesa, sem incorrer em comodismo da tradução literal que, por muitas vezes, deturpa o significado rela do termo” por Celso Lucchesi, no Prefácio da 2ª edição de 1997.

O termo inaugural escolhido para esta seção é CDP.

CDP

Tal escolha se deve à grande revolução do método sísmico de reflexão trazida por W. Harry Mayne, em 1962, desenhando uma forma de se levantar e processar dados que mudou a forma de interpretar os dados sísmicos; a técnica CDP.

Para Duarte (1997):

“Common-depth point (CDP) – ponto comum em profundidade. Técnica de levantamento de reflexão sísmica na qual os pontos em subsuperfície são registrados redundantemente, com diferentes distâncias fonte-receptor.
Não obstante o fato de a técnica CDP ter se tornado o padrão para os levantamentos de reflexão sísmica, o nome CDP não foi uma boa escolha. Caso as camadas geológicas não sejam horizontais ou se a velocidade do meio variar lateralmente, o pressuposto de ponto comum em profundidade deixa de existir.
Por esta razão, a técnica foi rebatizada como ponto médio comum (CMP)”

Ilustração  CDP-CMP:

A figura abaixo ilustra a técnica CDP e uma situação na qual a nomenclatura e as definições de CDP e CMP passam a divergir: um CDP nem sempre é um CMP.

Da palavra CDP, são derivadas diversas outras, sendo as principais:

Common-depth point gather: conjunto de traços sísmicos associados a pontos de profundidades comuns, entre fontes e receptores. Sobre tal conjunto são realizados os processamentos de cálculo de velocidades de correções NMO buscando atingir a melhor redundância de coerência de eventos de reflexão, para empilhamento de amostras dentro de tal conjunto (análise de velocidade – Velan)

Common-depth point stack: empilhamento de traços dentro de um conjunto CDP, após a correção de NMO (ou após a migração pré-empilhamento), que gera um traço da seção empilhada convencional, ou migrada. 

(Texto_ID_001_20/01/2013) 

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